A mesa “Movimento LED: Celebrando quem nos inspira a aprender” trouxe um debate sobre educação com Imaculada Salu, mestra em cultura popular; João Luiz Pedrosa, professor de geografia e ex-BBB, e Patrícia Rosas, professora da UFPB e vencedora do Prêmio LED 2022
A Academia LED aterrissou no REC’n’Play 2025, com a mesa “Movimento LED: Celebrando quem nos inspira a aprender”, mediada por Mônica Silveira, repórter da Rede Globo, com as presenças de Imaculada Salu, mestra em cultura popular; João Luiz Pedrosa, professor de geografia e ex-BBB, e Patrícia Rosas, professora da UFPB e vencedora do Prêmio LED 2022.
A conversa conectou a trajetória dos convidados com a temática da educação. Imaculada Salustiano, filha de Manuel Salu, começou contando como foi o processo de se inserir no meio cultural sendo mulher. Foi Manuel quem abriu as portas: “Por muito tempo, a mulher era proibida de viver a cultura popular. Salu me deu esse presente e hoje eu compartilho com as pessoas”, relembrou.
João Pedrosa também foi inserido na educação por influência de berço, ele compartilhou. “Vim de uma família de muitas professoras, minha mãe, minha avó, minha tia, todas professoras. E reforço que são professoras, no feminino”. E crescendo nesse meio, ele relatou que entendeu desde muito novo que a educação ultrapassa os muros da escola e envolve toda uma comunidade, famílias e profissionais.
Já Patrícia Rosas lembrou do momento específico em que encontrou a educação. Na infância, morou por um período de tempo com a família em um lixão. A mãe matriculou ela e os irmãos em um grupo escolar próximo, onde a professora tinha o costume de abraçar todos os alunos na porta da sala de aula.
“Eu não queria ser abraçada, porque eu fedia. Então eu sempre fugia dela. Mas teve um dia que eu não consegui, e ela me abraçou. E eu senti o cheiro dela. E eu decidi que queria ser professora pra poder passar esse cheiro pras crianças”.
Os convidados também debateram sobre a ponte do primeiro contato até os desafios atuais da educação no Brasil. O recado para os futuros educadores foi unânime: “coragem”. E não em um sentido intimidador, mas como combustível para continuar essa luta. Como exemplo, João destacou a urgência em democratizar o acesso à tecnologia, uma vez que “a internet é um serviço básico hoje. Antes de pensar em tecnologia nas escolas, precisamos garantir que todos tenham acesso à tecnologia e educação”.
Texto de Cristiane Ribeiro, extensionista do Projeto REC’n’Press, sob supervisão de Nicolle Gomes